AD&D - A Starblade A Mais Poderosa Arma do Plano Primário Material e suas lendas Reza a lenda que o Rei Duncar Starhunter, famoso pelas pesquisas que fazia atrás dos mistérios do céu noturno, um dia deparou-se com um pedaço de estrela recém-caído à sua frente. Acreditando que aquilo fosse um sinal dos Deuses, ergueu a rocha, que de tão leve parecia ser feita de plumas, e levou-a até o melhor ferreiro do reino, Roger Therogan, o anão. Ele forjou a mais perfeita lâmina já criada e, mesmo sem o toque de um só feiticeiro, a Starblade se fez a mais temível arma da luz e da verdade no nosso universo...
Espadas mágicas trazem sempre um fascínio a mais nas histórias de AD&D. Desde a Excalibur, a lendária espada do Rei Arthur, tivemos sempre o mito da espada sagrada, mesmo nos desenhos animados (He-Man e Thundercats, não?). No AD&D temos as poderosas Espada Vorpal e a desejadíssima Vingadora Sagrada, sonho de 10 entre 10 paladinos. Mas que tal possuir uma espada mais poderosa, um artefato, capaz de coisas que até os mais poderosos feiticeiros duvidam? Como artefato sem antecedentes é apenas motivo de problemas para o DM, esta espada estaria perdida há séculos, ou até milênios, ou dada como destruída. Durante uma aventura, cite o nome "Starblade" em um pergaminho ou livro velho, e você pode ter em suas mãos uma campanha de sucesso apenas começando... Veja como a Starblade pode gerar histórias interessantes, e problemas gigantescos para os jogadores. Afinal, a mais poderosa arma do universo não seria o sonho de qualquer aventureiro de AD&D?
A Lenda da Starblade: A Starblade surgiu há 2 milênios, criada pelas mãos de Roger Therogan, o maior ferreiro da Era Antiga. Ela foi forjada de uma pedaço de estrela, que foi encontrado pelo Rei Duncan Starhunter, o Sábio. Duncan veio a falecer antes da conclusão da arma, e o Reino caiu em uma guerra em nome do Trono. O Grão-Mago da Corte, Sethan Yashat, queria o Trono, tomando-o de seu herdeiro natural, o Príncipe William III, o Jovem. Após 2 anos de batalhas cruéis, nas quais a magia sempre concedia à Sethan a vantagem, a Starblade foi concluída. Sethan desprezou os avisos que seu oráculo concedia-lhe, e decidiu continuar a guerra, mesmo sabendo da existência da Starblade. Graças aos poderes da espada, o Rei William aniquilou todos os soldados do Reino fiéis a Sethan, e matou o feiticeiro em combate. Esta batalha concluiu o período que os escolásticos determinam como Era Antiga, e foi a aurora da Era Mágica. Mas, desde a morte do Rei William e a tomada do Reino pelos brutais Guerreiros das Estepes, há mil anos atrás, a Starblade desapareceu. Vários aventureiros gastaram suas vidas à procura da Espada Miraculosa, mas nenhum deles sequer aproximou-se de sua localização. Alguns dizem que o velho Castelo Drakmar, onde viveu o terrível feiticeiro Habben, o Maléfico, e que foi tomado pelos bárbaros no momento final, esconde pistas sobre o real esconderijo da Espada. Alguns dizem que somente aquele com a Marca da Estrela em suas costas conseguirá encontrar a Espada, e guiar o Reino para uma nova Era...
A Starblade e seus Poderes: A Starblade não é considerada a Arma mais Poderosa do Plano Primário Material à toa. Ela aparenta ser uma espada comum à primeira vista, mas, com uma jogada de História Antiga, é possível notar algumas das peculiaridades da Espada: o brilho azul pálido que a recobre; a lâmina, que vista contra a luz, parece feita de diamante; o imenso diamante na ponta de ligação entre o cabo e a lâmina; o minucioso entalhamento de runas decorativas no metal estelar. A Espada comporta-se como uma arma normal se seu usuário for de tendência neutra, mas causa dano equivalente a 6d6 em usuários de tendência maligna a cada turno no qual a Espada for mantida na mão. Somente os usuários de tendência boa, especialmente os paladinos, podem sentir todo o potencial da Arma Santa. Ela funciona como uma Espada Longa +5, e nas mãos de um paladino possui todos os poderes de uma Vingadora Sagrada. Além disso, ela possui os seguintes poderes:
A Espada é uma arma inteligente, de tendência ordeira e boa, de Inteligência 17. Seu valor em XP é de 20.000 pontos. E, se os poderes citados anteriormente não forem suficientes, o DM pode adicioná-los ou retirá-los à vontade. Mas, sinceramente, acho que só estes poderes já fariam com que os personagens enlouquecessem...
A Busca pela Starblade: A busca por um artefato do porte da Starblade deveria ser o centro de uma campanha inteira, e não apenas de uma série de histórias. Faça com que um dos personagens descubra algo sobre a lenda da Starblade, ou ainda, que possua a Marca da Estrela, símbolo daqueles homens que estão predestinados a possuir a Espada. Um bom ponto de partida para a busca poderia ser o Castelo Drakmar, último local onde viveu o Rei William III. A Espada não está lá, mas algumas pistas de seu paradeiro estão. As buscas poderiam levar os personagens aos cantos mais longínquos do Reino, ou até para fora do Reino em questão. Você também pode transportar a Starblade para outros planos, como Forgotten Realms ou DragonLance (onde ela poderia chamar um bocado de atenção...). Outra dúvida é o que fazer se uma arma com esta força cair nas mãos dos jogadores. Ela não causará desequilíbrio na sua campanha se for usada apenas durante algumas histórias, ou se seus poderes forem reduzidos, ou se os desafios da campanha forem drasticamente aumentados. Como desafiar Tiamat para um duelo... E ter sérias chances de vitória. Se você é um DM confiante em sua capacidade, e, como eu, adora o mito das Lâminas Mágicas, pense em colocar em sua campanha, nem que seja por uma aventura ou outra, a mais poderosa espada já concebida. E você terá material para lendas com os feitos que ela ajudará a fazer...
Campanhas com a Starblade:
Marcelo Sarsur
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