Vampiro - Doenças Vampíricas Quando os imortais descobrem seus próprios limites...
"Como já contei-lhe em cartas anteriores, caríssima, um dos erros mais comuns aos jovens de nossa espécie, e que leva ao Oblívio prematuro de muitos de nossos Neófitos, é a crença na virtual imortalidade dos Cainitas. Mas os sábios conhecem os riscos que corremos todas as noites, seja pelas mãos de nossas presas, seja pelas garras dos Lupinos, seja por aquilo que não conhecemos... (...) Mas nada há de ser mais doloroso que a morte pelas pragas. Oh!, agonia que remete aos meus tempos de juventude, quando a Peste varria os vilarejos, ceifando as vidas de todos(...)." Gerard Frances Castelle, Ventrue de 6a Geração, a uma protegida. Os Cainitas gabam-se demais da sua suposta "imortalidade". Esta imortalidade que eles ganharam junto com o Abraço, esse Dom que para muitos compensa o sacrifício de viver escondido, sem o toque do sol ou a consciência limpa... Só que esta imortalidade, que também custa o sangue de inocentes, tem um limite. Algumas doenças, sejam aquelas que afetam os humanos ou pestes exclusivas aos vampiros, mostram que a imortalidade, embora seja eterna, pode às vezes ser inútil. Os vampiros estão mortos, portanto as doenças fatais não os afetam da mesma forma (e por outro lado, seu corpo não possui as defesas imunológicas que um humano normal possui). Veja como as doenças vampíricas podem tornar-se uma ótima ferramenta na sua crônica... As Doenças humanas e os Vampiros: Alguns podem até crer que não, mas várias doenças humanas podem afetar os vampiros. Mas estas não causam nos Cainitas os mesmos sintomas que os humanos sofrem. Algumas doenças ficam, por exemplo, apenas latentes no organismo do vampiro, esperando a hora de espalhar o contágio... Vamos a alguns exemplos: AIDS: Anemia: Hemofilia: Leucemia: As Pragas de Caim: Alguns dos primeiros vampiros acreditavam que Caim, ao afastar-se de seu povo, rogou-lhes uma praga. Da mesma forma que Deus os salvou das doenças normais, Caim lhes dava novas doenças, para que sua descendência jamais esquecesse o dom da humildade e da humanidade. Esta lenda consta das páginas do Anatomia Vampirica, um tomo escrito em 1536 por Lord Michael Borishkaw, médico famoso durante a vida, e destacado Membro do Clã Ventrue após o Abraço. Ele relata as várias pragas vampíricas, à luz da medicina da época, e formas de evitá-las. Do livro original, apenas 5 cópias são conhecidas, 3 nas mãos de Anciões da Camarilla. Algumas dessas doenças desapareceram, outras são apenas especulações, e algumas na verdade eram casos isolados (como o caso do Nosferatu Thadeus, que apodrecia ao beber sangue de animais). Algumas das pestes vampíricas mais conhecidas até hoje são: Repulsa ao Sangue Humano (O Preço do Pecado): Anemia vampírica: Hemofilia vampírica: Hemorragia vampírica (A Máscara da Morte Rubra): A Reação dos Sectos sobre as Doenças: A Camarilla: este Secto não ignora as Epidemias Vampíricas, como aquela que atingiu a cidade de Russell há 3 meses, mas o empenho dedicado à pesquisa de curas é muito restrito aos Ventrue e Nosferatu. Alguns Anarquistas acreditam que os Anciões desejam o fim dos Neófitos pelas garras das doenças, pouco se preocupando em divulgá-las ou encontrar uma cura. Talvez eles estejam certos. O Sabá: os vampiros do Sabá são os mais dedicados pesquisadores das doenças vampíricas, que na opinião deles podem ser consideradas as "armas biológicas" da Jyhad. A razão deste empenho está nas práticas do Sabá, que envolvem o compartilhar de sangue, e que já causaram a contaminação de vários vampiros. Os vampiros de menor importância que contaminam os poderosos do Sabá desta forma são executados sumariamente, mas nada ocorre na situação oposta. O Inconnu: como em todos os outros assuntos vampíricos, todo o tipo de desconfiança é lançada sobre o Inconnu, desde a acusação de criação das doenças até a afirmação de que eles sabem a cura para estas. Porém, nada disso é confirmado por seus membros. O Uso das Doenças Vampíricas em sua Crônica: As doenças apresentadas aqui são apenas modelos. Use-as como quiser, e pode estar certo de que histórias onde estes elementos possam ser usados não faltarão. Desde a velha fórmula da epidemia à solta na cidade, podemos fazer qualquer tipo de história tendo este inimigo invisível e fatal. Uma série de desaparecimentos de Cainitas pode conduzir à descoberta de uma nova doença; um dos personagens é contaminado e precisa logo encontrar uma cura, mas a cura está nas mãos de seu pior inimigo (ou do Sabá...); o Príncipe foi contaminado, e a luta pela sucessão a seu posto acende a Jyhad na cidade... São várias as opções. Só saiba usar as doenças não como um meio para remover personagens da Crônica, e sim como um fator de horror a mais nas histórias que você narra, e sua Crônica será um sucesso... Afinal, se os seus personagens queriam imortais de verdade, por que não jogar Storyteller com os Highlander? Marcelo Sarsur |