Tagmar - Necrodragão Uma terrível fera para assolar as histórias no mundo de Tagmar...
Durante as batalhas entre deuses e Titãs, muitos dragões
tomaram parte, uns ao lado dos deuses e outros ao lado dos titãs.
Ao final das batalhas, com a vitória dos deuses, os dragões
que haviam lutado ao lado dos titãs foram amaldiçoados. Sua
força foi diminuída, o fogo de seu hálito foi apagado
e só lhes restou inteligência suficiente para compreender
aquilo que haviam sido e jamais voltariam a ser. Essas criaturas se tornaram
os Dragões do Gelo.
Entretanto, é um grande erro acreditar que todos eles aceitaram
passivamente essa situação. Invejosos da magia dada por Palier
aos dragões que haviam lutado ao lado dos deuses, os chamados Dragões
Imperiais, alguns Dragões do Gelo começaram a pesquisar práticas
arcanas. Um desses dragões chamava-se Letonor, e estava entre os
mais poderosos e ricos de sua raça. Em suas pesquisas, Letonor descobriu
a existência dos príncipes-demônios, entidades demoníacas
poderosíssimas. Inconformado com a bênção da
imortalidade pelo tempo concedida por Cruine aos Dragões Imperiais
Dourados e já em um idade bastante avançada, Letonor aprisiona
poderosos necromantes e os obriga a ensinar-lhe seus segredos. E então
o dragão trava contato com Azelthoth, o sexto príncipe-demônio,
e firmam um pacto: em troca da imortalidade pelo tempo dada pelo príncipe-demônio,
Letonor faria constantes e cada vez mais freqüentes sacrifícios.
Caso o dragão não conseguisse cumprir sua parte, sua poderosa
alma seria de Azelthoth.
Tempos depois, atendendo a um pedido de um importante aliado chamado
Avinar, o príncipe-demônio exige de Letonor o sacrifício
de um poderosíssimo Elfo da Luz chamado Randal. Atraindo o elfo
para os mangues, o dragão inicia uma feroz batalha. Contando com
a inestimável ajuda de dois de seus irmãos, os Elfos da Luz
Eronir e Ezdras, Randal vence a batalha e Letonor é destruído.
Pelo pacto, o dragão ressurgiria como um morto-vivo a serviço
de Azelthoth. Entretanto, um poderoso ritual de Solo Sagrado realizado
por Randal impediu isso. Durante muito tempo, mas não mais.
Procurando um antigo artefato élfico do Segundo Ciclo anteriormente
possuído por Randal, uma expedição comandada pelos
Elfos da Luz Leander e Valmon, e contando com o então herdeiro do
trono de Âmien Glantie e com o elfo negro Dylander, encontrou o local
do solo sagrado (Nota: mais detalhes no suplemento Elfos Negros).
O solo sagrado mantinha um círculo de raio 1km, do qual nenhuma
criatura maligna poderia se aproximar. Isto é algo notável
numa região fétida e infestada de mortos-vivos como os mangues.
Mas os Elfos da Luz não eram os únicos a procurar O Quinto
Anel: o vampiro Avinar também estava presente na região,
mas não podia pegar o artefato pois era incapaz de adentrar o círculo
protegido pelo solo sagrado. Utilizando-se de magias como Sugestão,
Avinar forçou um membro da expedição dos Elfos da
Luz, o anão Mamusk, a destruir o solo sagrado, permitindo sua entrada.
Quando o fez o anão libertou Letonor, que ressurgiu como um Necrodragão,
totalmente enlouquecido e assassino. Aproveitando-se da confusão,
Avinar se apossou do artefato, conhecido como O Quinto Anel e usou a magia
Transporte Dimensional para se afastar do local. E os membros da expedição
tiveram que lutar com Letonor. Conseguiram fugir, mas tiveram a baixa do
Elfo da Luz Valmon, incinerado pelo poderoso hálito do Necrodragão.
Não um hálito flamejante, mas um hálito de pura Energia
Infernal. (Nota: veja pág 78 do livro básico)
Com a fuga da expedição dos Elfos da Luz, Letonor passou
a servir Azelthoth, que provavelmente o colocará à serviço
da Seita.
Depois de seu ressurgimento, devido ao grande tempo decorrido entre
a construção e destruição do solo sagrado,
a aparência de Letonor é de um esqueleto de Dragão.
O Dragão mantém sua inteligência, mas perde totalmente
a força de vontade: não passa de uma máquina de guerra
que deve total obediência à seu mestre, o sexto príncipe-demônio.
Portanto, em uma batalha, Letonor tende a agir com prudência, mas
não pensará em se poupar e certamente lutará até
a morte para cumprir uma ordem. Na verdade, o dragão mantém
sua mente, mas a alma está em poder de Azelthoth nos planos demoníacos.
Devido a seu tempo de estudos arcanos e à sua comunhão
com os planos demoníacos, o necrodragão tem 80 pontos de
Karma, e possui as seguintes magias: Necroanimação 10, Maldições
10 e mais 5 magias com nível dez à escolha do mestre, dentro
das magias do Colégio Necromântico. Além disso, ele
só pode ser ferido por armas mágicas ou magia, é imune
a ilusões, possui Visão Noturna 4 permanente e pode causar
o efeito da magia Covardia 5 uma vez por combate em todos que o vêem.
O hálito infernal pode ser usado uma vez a cada 4 rodadas (1 minuto).
RF – Resistência Física; RM – Resistência à Magia Habilidades: Percepção 16; Escalar Surpefícies
10; Persuasão 15; Comércio 18; Ações Furtivas
15; Ataque Surpresa 12.
P.S. Atualmente, Letonor é o único necrodragão
existente em Tagmar, mas nada impede que outros vendam suas almas a Azelthoth
ou outro príncipe-demônio e se transformem em necrodragões,
talvez com poderes diferentes. Pode ser que até mesmo um grupo de
Dragões o faça. Dragões Imperiais jamais fariam isso,
pois têm grande respeito pelos deuses e além de tudo os Imperiais
Dourados já são imortais.
Fernando Couto Garcia |